A criança com transtorno de ansiedade vivencia
fobias que revelam crenças de um mundo hostil, perigoso e ameaçador,
construídas a partir de dramas infantis não resolvidos dos pais que são
projetados na criança. A criança fóbico-ansiosa mora em uma casa mal-assombrada, vivendo dramas
afetivos calcados na falta de confiança, segurança e suporte (polaridade
confiança/desconfiança). A criança tem medo do espaço interno da própria casa,
de ficar só, de se deslocar sozinha pelos aposentos da casa, de dormir sozinha,
quando naturalmente a casa deveria ser sentida como um “útero protetor”. A
criança toma-se por um eu desamparado, frágil, dependente que não confia em si,
teme o outro estranho ou certas situações (um monstro noturno, a chuva) e cujo
corpo tem que ser contido para controlar as sensações de excitação/tensão
produzidas pela intensa ansiedade.
Ver artigo completo na Revista da Abordagem Gestáltica, 2009, v.15, n.1
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