Aceitar significa abraçar o que é. Quando não aceito algo que me causa dor, ou quando não tolero a própria dor essa atitude contribui para a permanência da dor. A dor se instala quando é reprimida ou ignorada; em compensação, quando a aceito, muda-se. Paradoxalmente, só a aceito quando abandono toda intenção de mudança. Deixando a luta contra as emoções desprazerosas, posso escutá-la como um benéfico sinal de alarme que me indica que algo não anda bem e detecto aquilo que preciso para sentir-me melhor. A medida que observo com olhar meditativo meus sentimentos e contemplo meus pensamentos, favoreço a possibilidade de dar-me conta, de escolher e de mudar. Gabriela Murgo (2013) traduz a teoria Paradoxal da Mudança de forma simples, como fazem os sábios, acrescentando ainda a necessidade do individuo tomar consciência da dor, do seu sofrer, junto com as resistências que cria para manter-se ilusoriamente bem. O caminho da cura é aceitar, perdoar para integrar e tornar-se livre, leve e inteiro.
Que nada te moleste, nada te espante, tudo passa e Deus não muda.
A paciência a tudo alcança. Quem a Deus tem, nada lhe falta,
só Deus basta!
(Santa Teresa de Ávila)
(Santa Teresa de Ávila)
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