segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Resgatando a criança interior

Ainda estou saboreando o III Vivencial, mantendo-me em contato com a minha criança interior, não deixando que ela se esconda, ou que eu mesma a deixe adormecida. Nós adulto de hoje permitimos que o mundo nos devore impondo suas exigências e pressões, abandonando nossos talentos, nossos desejos, o nosso brincar de adulto. E o que é o brincar do adulto, o que é que nos faz sorrir, ficar excitado com um fazer? É tão simples a resposta: dançar, cantar, recitar poesia, praticar um esporte, viajar, tomar banho de chuva, pintar, desenhar, andar de descalça, bordar, costurar, fazer bonecas, e tantas outras coisas. Vou ao filme "Tarja Branca" que fala da importância de resgatarmos a criança interior criativa que ainda mora dentro de nós e grita para ser olhada, amada e ser livre para se manifestar magicamente, encantadamente com a vida, a natureza, o outro. "Cadê a minha criança? Em que momento estou presente brincando tão intensamente que até esqueço do próprio adulto que sou? Brincar é uma coisa séria e urgente ao ser humano atual. É importante continuarmos sustentando o espírito lúdico que surge em nossa infância, e que o sistema nos impele a abandonar em nossa vida adulta. Quando se brinca – e é só observar uma criança brincando – vive-se em plenitude e liberdade. Olhar uma criança brincando, afinal, é reaprender a dimensão do ser humano”. (Cacau Rhoden). Fica meu convite para que parem, sintam e brinquem - pais com filhos, marido com mulher, irmãos com irmãs, amigos com amigas.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

III Vivencial "Cuidando e amando a criança que existe em nós"

E transcorreu maravilhosamente o III Vivencial, na UniPAZ, no Espaço Arco-Íris, na Casa Azul, de Nayla Reis.  Agradeço profundamente as 10 pessoas que abriram suas memórias para encontrar a sua criança interior com coragem, alegria, amor. Aprendemos que para curar a criança ferida é preciso reconhecer e validar a dor, e depois como adulto ser capaz de agradecer, acolher, ressignificar a experiencia doída com um novo olhar e novos valores.
Abraço em todos com carinho e gratidão!



E em 2016, acontecerá em outubro o nosso IV Vivencial, com carga horária de 14h. Será no sábado o manhã e tarde, e no domingo, pela manhã!

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Histórias terapêuticas

Venho cada vez mais recorrendo ao uso de histórias terapêuticas com crianças para facilitar-lhes a consciência de seus conflitos, medos, ansiedades e comportamentos problemáticos. Tomo como princípio que o terapeuta deve conduzir o processo terapeutico, de modo que a criança possa experimentar a concretização de suas fantasias, mundo subjetivo para conscientizar-se e dar significado a partir daquilo que vê, sente, pensa e faz. Margot Sunderland (2005) explana com clareza que para a criança processar seus sentimentos dolorosos e difíceis precisa senti-los plenamente e pensar sobre eles. E para tal necessita de um adulto empático, compreensivo, com uma presença atenta. A história terapêutica permite que a criança veja, ouça, entenda e sinta com clareza; mostra que o personagem central continua firme, mesmo depois de passar por tempestades; apresenta opções sobre o que fazer diante de grandes obstáculos, novas possibilidades e soluções criativas para superar os problemas, podendo usar a imaginação para lidar com os sentimentos difíceis. As histórias podem ser criada pelo terapeuta com fantoches, animais selvagens e domésticos, desenhos, bonecos, como podem ser criada pela criança e ter o direcionamento eventual do terapeuta.
                        

Aceitação como caminho para mudança

Aceitar significa abraçar o que é. Quando não aceito algo que me causa dor, ou quando não tolero a própria dor essa atitude contribui para a permanência da dor. A dor se instala quando é reprimida ou ignorada;  em compensação, quando a aceito, muda-se. Paradoxalmente, só a aceito quando abandono toda intenção de mudança. Deixando a luta contra as emoções desprazerosas, posso escutá-la como um benéfico sinal de alarme que me indica que algo não anda bem e detecto aquilo que preciso para sentir-me melhor. A medida que observo com olhar meditativo meus sentimentos e contemplo meus pensamentos, favoreço a possibilidade de dar-me conta, de escolher e de mudar. Gabriela Murgo (2013) traduz a teoria Paradoxal da Mudança de forma simples, como fazem os sábios, acrescentando ainda a necessidade do individuo tomar consciência da dor, do seu sofrer, junto com as resistências que cria para manter-se ilusoriamente bem. O caminho da cura é aceitar, perdoar para integrar e tornar-se livre, leve e inteiro.

Que nada te moleste, nada te espante, tudo passa e Deus não muda.
A paciência a tudo alcança. Quem a Deus tem, nada lhe falta,  
só Deus basta!
(Santa Teresa de Ávila)