domingo, 17 de dezembro de 2017

Curso "Um olhar compreensivo sobre as psicopatologias"

Ministrei o curso "Um olhar compreensivo sobre as psicopatologias", no qual apresentei o Transtorno de Ansiedade (Síndrome do Pânico e fobias), Transtorno Depressivo, Transtorno de Personalidade Borderline e Transtorno de Humor Bipolar, à luz da Gestalt-Terapia. O objetivo do curso foi trazer aos psicólogos um olhar compreensivo sobre o funcionamento psicológico específico de cada psicopatologia, o tipo de vínculo estabelecido com o terapeuta, o conteúdo dos mecanismos de defesa próprios de cada transtorno, o núcleo conflitivo vivido que propicia ao terapeuta efetuar um diagnóstico claro e diferencial, e realizar as intervenções apropriadas. Fiz uma distinção entre a psicodinâmica do neurótico e do psicótico considerando os seguintes distúrbios de relacionamento: a) subordinação ao outro; b) desconfirmação do outro; c) destruição do outro; d) exclusão do outro. Além disso destaquei os dilemas do contato que norteiam o desenvolvimento psicoemocional do indivíduo ao longo de sua vida: União/Separação; Dependência/Independência; Individualidade/Alteridade. A unidade dialética organismo/ambiente da GT observa a ocorrência dos eventos psicológicos na fronteira de contato, o que nos permite apontar esses três dilemas do contato que são ontológicos ao processo desenvolvimental de todo ser humano. Esses dilemas são vividos perpetuamente até a vida adulta, constituindo o drama existencial-relacional de cada um na procura da própria autodefinição, auto-afirmação que só se dá via confirmação, aceitação e reconhecimento por parte do outro. Todo dilema do contato revela uma experiência introjetada e uma gestalt aberta. Cada psicopatologia tem seu núcleo conflitivo particular, seus dilemas de contato e mecanismos de ajustamentos defensivos específicos oriundos da personalidade singular do individuo que lhe dá uma forma única e pessoal. O importante é buscar a compreensão fenomenológica da unidade de experiência (emoção, pensamento, ação) que dá sentido ao conflito e revela qual o dilema do contato essencial. O diagnóstico deve intencionar ir além da identificação dos sintomas, deve visar o sentido da patologia e a descrição das vivências subjetivas do sofrimento emocional pessoal pertinente à patologia especificada. Quando não sabemos o que a pessoa tem, quando não nomeamos, não podemos cuidar, tratar com eficácia e muito menos dar a esperança de transformação e cura



segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Curso "Gestalt-Terapia com crianças e adolescentes", com Lynn Stadler

Compartilho com vocês o conhecimento que ganhei no curso magnífico ministrado por Lynn Stadler, gestaltista norte-americana, residente na California, seguidora do modelo de Violet Oaklander e integrante do Instituto VSOF. Lynn enfocou aspectos importantes do modelo da Violet, o qual coloca como objetivos centrais na terapia: 1) trabalhar a capacidade para o contato (definido como habilidade para estar presente); 2) fortalecer o senso de eu. Capacitar para o contato requer trabalhar: 1.1. o corpo (postura, movimento, coordenação, respiração); 1.2. os 5 sentidos; 1.3. as emoções (nomear e expressar); 1.4. a cognição (pensamentos, raciocínio, inteligência, atenção). A criança quando chega, requer que o terapeuta explore como está sua habilidade para o contato e os bloqueios do contato; descubra aonde está a fragilidade do eu e aonde está sua força e potencial;  identifique as introjeções que desviam o eu do caminho da espontaneidade e da autenticidade. É fundamental trabalhar o reconhecimento e a expressão das 4 emoções básicas (alegria, tristeza, medo, raiva), desbloquear a emoção proibida e temida a fim de possibilitar a criança funcionar de maneira integrada e plena. As crianças são ensinadas a controlar/inibir a expressão de certas emoções, principalmente a raiva. Experimentos com a energia agressiva (responsável pela capacidade de enfrentar o ambiente, se opor ao outro, defender suas fronteiras e proteger e valorizar o eu) são a base do processo terapêutico que visa primordialmente o  fortalecimento do senso de eu e desenvolver o autossuporte. Os pais devem ser incluídos no processo como companheiros de jornada, desde a 1a. sessão. O terapeuta recebe a criança e os pais juntos para esclarecer sobre o percurso terapêutico, o contrato, construir a relação em base a confiança e segurança. A criança deve ouvir dos pais o motivo de estar precisando de terapia, os pais devem ouvir da criança sobre as suas ansiedades, medos e necessidades afetivas, e ainda ouvir do terapeuta a importância de todos aprenderem a lidar com as emoções (temidas, proibidas, permitidas), aceitando qualquer emoção expressa sem julgamento. A criança muda se o campo muda. O terapeuta é um facilitador do contato, da comunicação, da conscientização dos conflitos individuais dos pais que estão sendo projetados na criança. A criança deve ser encorajada a exercer a sua autonomia e individualidade. Usamos muito desenho, argila, cartões postais (imagens de lugar, pessoas, atividades, animais), fantasias dirigidas (da roseira, infância, emoções), listas que usem afirmativas de preferencias, escolhas pessoais (eu gosto, eu não gosto...). Foi muito gratificante e enriquecedora essa experiencia com Lynn. Gratidão ao ITGT, especialmente a Virginia e Mariseth, por propiciarem essa oportunidade a nós gestaltistas do Brasil.






quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Cartaz curso "Um olhar compreensivo sobre as psicopatologias"

Olá amigos e amigas Psi,

Apresento o cartaz eletrônico sobre o curso. Há uma pequena modificação a ser feita quanto ao local do evento. Será na Clínica Evoé, Shopping Id, sala 509. Entendermos sobre a psicodinâmica das psicopatologias é fundamental para sabermos cuidar terapeuticamente e compreendermos os fenômenos intersubjetivos (processos transferenciais e contratransferenciais) que podem se manifestar no campo terapeutico. Uma boa teoria nos propicia uma boa prática. Aguardo vocês lá!


sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Curso "Um olhar compreensivo sobre as psicopatologias"

Darei um curso sobre as psicopatologias da Depressão, o Transtorno de Ansiedade enfocando a Síndrome do Pânico, o Transtorno Borderline e o Transtorno de Humor Bipolar, no dia 18 de novembro de 2017, no Instituto de Gestalt Terapia de Brasília, com carga horária de 8horas. O curso será baseado na teoria da Gestalt Terapia e alguns princípios filosóficos da Fenomenologia e do Existencialismo que propiciam um olhar compreensivo sobre o funcionamento neurótico e psicótico e as psicodinâmicas próprias de cada psicopatologia. O curso é aberto para psicoterapeutas de qualquer abordagem. 

Experiência profissional: Mestre em Psicologia Clínica pela UnB. Membro docente e fundador do Instituto de Gestalt Terapia de Brasilia - IGTB. Treinamento em psicoterapia com crianças e adolescentes com Violet Oaklander, em Sta. Barbara-CA. Psicóloga fundadora do Hospital Psiquiátrico da Granja do Riacho Fundo/DF. Psicóloga do Centro de Orientação Médico Psicopedagógica da Secretaria de Saúde – COMPP/SES/DF. Organizadora do livro “A clínica gestáltica com crianças: caminhos de crescimento”. Autora do livro “Cuidando de crianças: teoria e arte em Gestalt-terapia”. Colaboradora do livro “A clínica gestáltica com adolescentes: caminhos clínicos e institucionais” e do livro “Modalidades de intervenção clínica em Gestalt-Terapia”.

Objetivos: Apresentar o campo teórico que fundamenta a prática clínica da Gestalt-terapia. Oferecer uma compreensão teórico-clínica sobre as psicopatologias da Depressão, Transtorno de Ansiedade, Borderline e Transtorno de Humor Bipolar. Descrever a psicodinâmica do funcionamento neurótico e psicótico. Realizar supervisão clínica.

Conteúdo programático:
  Conceitos básicos
   Saúde e doença
  Transtorno da depressão; Transtorno de ansiedade (Síndrome do Pânico);  Borderline;  Transtorno do Humor Bipolar
  Os processos defensivos psicológicos na Gestalt-Terapia
  O funcionamento psicológico em cada transtorno
  A relação terapêutica (fenômenos intersubjetivos)

Carga horária: 8horas - 8h30 às 18h30.

Data: 18 de novembro de 2017

Investimento profissional: $240,00 à vista ou $260,00 em 2 parcelas
*Inclui certificado e lanche

Local: Instituto de Gestalt Terapia de Brasília - subsolo

Inscrições: Instituto de Gestalt Terapia de Brasília (IGTB)
Contato: 99967.7569/3033.7094 e 98133.1515
  

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Feliz dia das crianças

Brinca, pula, canta, sorri, faz do teu pulsar natural
O direito de descobrir, o anseio de tudo poder,
O mistério de existir. Ao brincar tu (criança)
Reinventas o mundo, o gesto, a língua, o amor!

Viva a criança! Ser criança é ser o que se é sem
saber que é o ser em plenitude! Que possamos 
resgatar a essência de ser criança, vivendo a 
verdade e a alegria do nosso ser! O brincar do
adulto é dançar, jogar, cantar, fazer poesia. 
Que isso prevaleça na busca eterna do sentir-se
feliz, da autorrealização profissional e existencial!


quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Curso "Psicopatologias da Infância e da Adolescência", em Teresina

Estive, em Teresina, nos dias 25 e 26 de agosto, para ministrar o curso "Psicopatologias da Infância e da Adolescência: Transtorno de Ansiedade. Depressão e TDAH", a convite de Ilana Arêa Leão, uma grande entusiasta da Gestalt Terapia, responsável pelo Instituto de Gestalt do Piauí junto com Aline e Luana. Fiquei muito feliz com a enorme procura pelo curso, foram 48 inscritos que participaram ativamente da parte prática e teórica do curso. Em cada distúrbio há um núcleo conflitivo que nos permite fazer um diagnóstico diferencial e traçar objetivos terapêuticos específicos. Com crianças e adolescentes é fundamental que o terapeuta busque concretizar seus conflitos, ansiedades, defesas para que a criança possa tomar consciência a partir do que vê, sente, pensa e faz na cena dramatizada. O terapeuta antes da aplicação de uma técnica ou experimento deve ater-se em construir a relação, despertar o vínculo de confiança para criar um ambiente de segurança e assim a criança aceitar sem resistência as suas proposições de experimentos e técnicas. O terapeuta atento sabe que a criança mostra aquilo que precisa pela própria atividade que escolhe e até pela resistência que apresenta a determinadas atividades. A sua presença consciente é fundamental para orientar suas intervenções, a condução do processo e o planejamento dos objetivos terapeuticos. A psicoterapia é a arte do diálogo, somos responsáveis pela promoção do fazer criativo que irá restituir a expressão verdadeira e a saúde emocional da criança .

Curso "Recursos terapêuticos na clínica gestáltica com crianças"


Foi com muita alegria que ministrei o curso "Recursos terapêuticos na clínica gestáltica com crianças", em Natal, no dia 12 de julho, sob a organização criativa e competente de Marina Ferrer, administradora do Espaço Vila do Brincar. Foi tudo decidido de última hora, contando com minha disponibilidade, interesse e amor ao meu trabalho na Gestalt, e com o entusiasmo de Marina e das muitas psicólogas e pedagogas motivadas com o atendimento infantil. Apresentei o uso da casinha com bonecos de família, do desenho livre e do HTP, da massinha e do corpo (exercícios com posturas e movimentos corporais, respiração e relaxamento) baseado na metodologia gestáltica da awareness, por meio da vivência individual. Nosso método de raiz fenomenológica segue esses passos para se chegar a tomada de consciencia: 1) Descrição da cena; 2) Identificação dos personagens e objetos; 3) Diálogo entre os personagens e/ou objetos; 4) Apropriação dos pensamentos e sentimentos projetados. Pela metodologia fenomenológica da awareness, o terapeuta não interpreta, mas explora as projeções, observando as cenas e descrevendo o que vê. A psicoterapia com crianças se dá fundamentalmente nas fantasias, as quais servem como “chave para a conscientização das próprias necessidades” (Burow e Scherpp, 1985, p. 79).  Daí a necessidade de concretizar seus conflitos (por meio de encenações) que são acompanhados de conteúdos fantasmáticos e elementos simbólicos geradores de angústias e medos.

Trecho extraído do meu livro "Cuidando de crianças: teoria e arte em Gestalt-Terapia".





segunda-feira, 31 de julho de 2017

O novo eu emergente na adolescência

A adolescência dá início ao período da independência, no qual o jovem anseia por autonomia e liberdade, travando uma luta entre si e o ambiente para definir sua identidade. É uma fase em que emergem conflitos e questionamentos acerca das introjeções familiares e da sociedade, em que o adolescente toma consciência de que a individualidade só pode ser obtida mediante a separação subjetiva dos pais (discriminação do que é dos pais e do que é seu), a libertação da confluência familiar, a renúncia ao vínculo de dependência da infância. O ato de libertar-se das introjeções direciona o adolescente para o egotismo funcional, por meio do qual o eu se torna centro de tudo, impulsionado por forças internas (biológicas, psicológicas) que lhe permitem definir-se e decidir-se como sujeito, autor da própria história, senhor dos seus projetos, vontades, desejos e necessidades.O corpo torna-se figura na relação com o mundo e com o outro, desencadeando processos psicológicos que abrangem desde a não aceitação da mudança morfológica (luto da perda do corpo infantil) e a recusa do corpo como objeto de desejo sexual, até a ansiedade em lidar com a excitação sexual organísmica natural que induz o adolescente a experiências de autoerotização, atividades masturbatórias, fantasias sexuais e ao desejo sexual dirigido ao corpo do outro. Ao ampliar sua capacidade de reflexão sobre si e o próprio corpo, o outro e seu corpo, reconhece viver um processo de intersubjetividade e intercorporeidade, em que o outro é importante na constituição do seu eu, na formação de sua autoimagem corporal, na renovação de seus valores e crenças. O organismo, em intensa transformação biológica e psicológica – o qual suscita percepções, desejos, pensamentos e fantasias – passa a ser, nas palavras de Merleau-Ponty (2000), corpo vidente e visto, sentiente e sentido, tocante e tocado, desejante e desejado, despertando para outro corpo-sujeito e sendo despertado pelo outro-corpo-eu – adentrando assim no reino da sexualidade e da afetividade amorosa.

Trecho extraído do livro "Gestalt-Terapia: modalidades de intervenção clínica", escrito em co-autoria com Rosana Zanella. 

sábado, 8 de julho de 2017

Conclusão do X Curso de Gestalt-Terapia com crianças: teoria e arte

Com um imenso sentimento de realização e gratidão, anuncio o encerramento no dia 03 de julho, do meu X Curso de GT com crianças: teoria e arte. Dessa vez, o último dia coincidiu com o dia do meu aniversário e as meninas preparam uma festa surpreendentemente maravilhosa, com direito ao figurino de "Mulher Maravilha" e presentes, como um livro sobre Yoga para crianças, orquídea e cachecol. Agradeço as 15 psicólogas participantes pela competência, pelo conhecimento e envolvimento em cada aula! Desejo a todas um magnífico caminho profissional!

Recebam meu abraço com profunda gratidão!







quinta-feira, 15 de junho de 2017

sábado, 3 de junho de 2017

Curso de Psicopatologias na Infância em Belém

A convite do Grupo de Estudos de Gestalt em Belém, irei ministrar curso sobre Psicopatologias na Infância, nos dias 09 e 10 de junho de 2017, no qual abordarei o Transtorno de ansiedade, a depressão e TDAH. Muita alegria em visitar a minha terra natal amada! Gratidão a Lorena e Kamilly!

Artigo publicado na Revista Britânica de Gestalt

Com muita alegria e imensa satisfação anuncio a publicação de meu artigo no British Gestalt Journal, nesse mês de maio de 2017. O artigo trata da importância em atender os pais durante o processo terapêutico da criança, a fim de promover o contato e a conexão com a sua criança interior ferida, a qual ressurge na figura do filho em sofrimento. A idade com que a criança chega até nós, bem como o seu comportamento problemático ou transtorno emocional representa uma parte da totalidade do sistema familiar, uma figura sintomática oriunda de um fundo transgeracional que viveu uma situação conflitiva semelhante a que a criança apresenta hoje. A criança chega como a portadora da esperança de cura dos dramas e tramas transgeracionais não resolvidos e os pais necessitam fechar a sua gestalt aberta para colaborar com a criança em seu processo de conscientização e transformação. A criança muda se o campo familiar muda.

Aproveitem!!

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Autoestima, autonutrição, autossuporte

Parte do trabalho com crianças é germinar a autoestima para florescer as qualidades inerentes a identidade de cada um. A autoestima abrange o sentimento de competência pessoal e o sentimento de valor pessoal emergentes da relação afetiva vivida com os outros significativos, como pai e mãe. Uma boa autoestima se funda em sentimentos de autoconfiança, autorrespeito e de sentir-se capaz, oriundos de um bom vínculo de segurança, confiança, respeito, amor, validação.  Pais que são capazes de ser suporte para a expressão de sentimentos de raiva, medo, carência,  tristeza,  sem julgar, condenar, reprovar a autoexpressão da criança propiciam a construção de uma boa autoestima. Bem como, aqueles pais que elogiam, validam a percepção da criança, valorizam o potencial criativo do filho também contribuem para o empoderamento da criança que aprenderá a aceitar e se responsabilizar por seu modo de sentir, pensar e agir. Ao contrário, aqueles que têm elevada expectativa em relação ao desempenho e comportamento da criança; que criticam, castigam, ridicularizam, humilham a criança; que pela vergonha, pela culpa, pela ameaça tentam controlá-la; aqueles que a tratam como objeto sexual; que ensinam a ela que é má, burra, mentirosa, errada, não digna de confiança, plantam sementes para a construção de uma destrutiva imagem de si, cujas crenças negativas enterram o sentimento de amor próprio e impossibilita o sentir-se feliz, merecedora de viver e ser amada. Uma baixa autoestima cria um fraca capacidade de autossuporte (capacidade de sustentar a expressão de seus sentimentos, pensamentos, opiniões, ações), que produz um frágil e confuso senso de eu. O objetivo terapêutico é fortalecer o senso de eu com base em trabalhos de autonutrição, o qual consiste em despertar as qualidades, habilidades, bons pensamentos para criar bons sentimentos de si. A autonutrição é o processo de criar na criança a vontade de cuidar de si (fazer agrados, se mimar, ter higiene com o corpo, atenção para uma boa alimentação e um bom sono); é torná-la capaz de agradecer a si mesma por tudo que conseguiu e consegue fazer a despeito das mensagens e condutas maléficas dos pais; é dar permissão a ela criticar, reclamar, lamentar-se dos pais inadequados, errados, desamorosos que tem. O caminho da saúde é a integração do mal e do bem que existe nos pais e dentro de si mesma. 

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Curso em Fortaleza "Psicopatologias da Infância"

Agradeço profundamente a todas as participantes do curso que com sua alegria, acolhimento e espontaneidade puderam enriquecer os momentos dos experimentos, das técnicas e recursos terapêuticos de nosso encontro. Minha gratidão especial a Fabiana de Zorzi, a mentora do curso, e as colaboradoras Fernanda e Dayse. Um beijo carinhoso em todas!


Trabalho voluntário na Creche São José do Operário na cidade Estrutural





Realizo um trabalho psicológico voluntário nessa creche há 3 anos, onde faço atendimento psicológico as crianças de 3 a 6 anos, presto orientação as professoras e suporte psicológico aos funcionários, aos pais e professoras. Sinto-me muito gratificada em participar dessa instituição religiosa que oferece um serviço escolar de amor à comunidade, às crianças e suas famílias. Convido a todos que assistirem esse video e se sensibilizarem a colaborar com a quantia que puderem. O pouco que pensamos ser para nós é muito para a comunidade e para a realização de nova obra na Creche. Agradeço com todo meu coração!

terça-feira, 2 de maio de 2017

Curso Psicopatologias da Infância em Fortaleza

Com muita alegria aceitei o convite da Gestaltista Fabiana de Zorzi para ministrar curso sobre as principais psicopatologias da criança - Depressão, Transtorno de Ansiedade, Transtorno Obssessivo Compulsivo, Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, a se realizar nos dias 05 e 06 de maio de 2017. A caminho!!

sexta-feira, 14 de abril de 2017

História da Pascoa Contada Por Crianças





Desejo uma Feliz Páscoa com sabor de renovação nos pensamentos, sentimentos e comportamentos.

Que haja esperança para o surgir de um novo modo de existir e conviver entre pessoas de bem, pleno em paz, justiça e amor!

quarta-feira, 5 de abril de 2017

O LÚDICO E A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Eis um video-aula em base a uma visão da psicomotricidade que enfatiza a estreita e interdependente relação entre corpo-mente-ambiente no desenvolvimento da criança. Em meu trabalho clínico, como gestalt-terapeuta, enfoco os 3 c' = contato, consciência, corpo. Isso significa tornar a criança capaz de fazer contato com os sentimentos no corpo para ampliar sua consciência e pensamentos a respeito de si e seus comportamentos.





terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

X Curso de Gestalt-Terapia com crianças: teoria e arte


Olá amigos e amigas Psi!
Com muita alegria divulgo informações do meu X Curso "Gestalt-Terapia com crianças: teoria e arte", a ter início no dia 20 de março de 2017 e término no dia 03 de julho de 2017. Convido todos psicólogos apaixonados pelo trabalho com crianças e adolescentes a participarem desse curso, o qual é muito dinâmico. Em cada aula dou teoria e prática com vivências, atividades lúdicas e técnicas terapêuticas.

OBJETIVOS: Apresentar o campo teórico e filosófico que fundamenta a prática clínica da Gestalt-Terapia no atendimento à criança e à família. Oferecer conhecimentos sobre as principais psicopatologias da infância. Propiciar vivências experimentais no uso das técnicas gestálticas e recursos lúdico-terapêuticos.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
- fundamentação filosófica e teórica
- conceitos básicos
- concepção de saúde e doença
- psicopatologias da criança
- processo terapêutico
- relação terapêutica
- técnicas expressivas e projetivas (argila,fantoches, caixa de areia)

PÚBLICO: estudantes de psicologia e psicólogos

CARGA HORÁRIA: 60 horas

HORÁRIO: 15 encontros às segunda-feira das 18h30 às 22h30.

LOCAL: Auditório do Centro Empresarial Norte, em frente ao shopping ID

VAGAS LIMITADAS: 20

INSCRIÇÕES: www.igtb.com.br  99963-5165/3033-7094 
                          Sheila Antony      98133.1515


VALOR DO INVESTIMENTO:
1º) Matrícula R$50,00 + 5 parcelas de R$ 350,00 até 07 de março
2º) Matrícula R$50,00 + 5 parcelas de R$370,00 após 07 de março.
3º) À vista = R$1.600,00 + R$50,00 de matrícula
4º) Alunos e ex-alunos do IGTB: Matrícula R$50,00 + 5 parcelas de R$330,00 até 07 de março. Após essa data R$350,00.

*Pagamento da matrícula no BB Ag. 3475-4   Cc. 7943-x

Inclui material didático, lanche e Certificado pelo IGTB


quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

O significado da encoprese

A encoprese é a evacuação parcial ou total na roupa que acontece depois da idade normal de aquisição do controle (a partir dos 4 anos). Em geral essas crianças apresentam dificuldades no controle da agressão e toleram mal as frustrações. São crianças emocionalmente dependentes e inseguras. A encoprese é uma forma de expressar sentimentos de oposição, frustração e ansiedade diante de certas situações específicas, nas quais se sente ameaçada, desvalorizada, instituindo o conflito do poder e do controle entre ela e o ambiente.
Considera-se que as fezes tem o significado de "tesouro" ou de "nojo/repugnação", significado que dependerá das vivências que a criança teve ou tem com a mãe e o pai no treinamento da retenção e da expulsão das fezes. Se os pais ao ensinarem para a criança o controle das fezes, agem com desejo (vamos fazer cocô) e prazer quando ela evacua no vaso (que bom que fez, Parabéns! Tchau cocô!), ela entenderá que aquilo que sai do seu corpo é agradável para os pais, é um tesouro que faz os pais vibrarem com ela e o seu produto. Assim ela pensa que é amada e vale a pena entregar algo produzido por ela para os pais, merecedores desse objeto que simboliza o amor entre eles.
Com a aquisição do controle esfincteriano, a criança experimenta, pela primeira vez, o sentimento de propriedade em relação aos seus excrementos, enquanto objeto de troca (DOLTO, 1980, p.27-68), se vendo agora imbuída, ela própria, do poder de atender ou não às demandas da mãe (a mãe é a primeira a dar inicio ao processo controle dos esfíncteres). Assim, instala-se o conflito do controle x descontrole do corpo e das emoções, do dilema de dar x receber.
Nesse período específico a criança é chamada a renunciar ao objeto fezes que é uma parte dela mesma (e que ela entende que é ela também). Para que a criança possa atender o desejo ou apelo dos pais é preciso que a mãe mostre que deseja que ela vá para o vaso e entregue as fezes como prova de amor. No entanto, é preciso também que a criança demande à mãe, como demonstração de que entendeu que há o desejo anterior da mãe (vamos fazer cocô? você quer fazer cocô?). Quando há o distúrbio da encoprese, a criança não sente confiança, segurança, o cuidado atencioso vindo dos pais e decide não ceder o objeto fezes em favor do amor a eles. As emoções predominantes nesse conflito são: o medo, a raiva, a ansiedade, a vergonha. A criança ao eliminar o cocô descontroladamente nas calças, pode estar querendo dizer: “eu sou um cocô, aqui está um cocô, estou me cagando de medo, estou descontrolado". Há teóricos que afirmam que a criança, quando retém as fezes na cueca, expressa uma necessidade de encobrir o ânus, como proteção de algo externo gerador de ansiedade e medo, o que pode ser uma defesa contra a manipulação de seu ânus.
 A criança quando retém as fezes e solta ao sentir vontade/necessidade, indica ter controle e possuir uma integração psíquico-corporal. Quando ela simplesmente elimina as fezes e a urina, logo após negar que não tem desejo de fazer xixi ou cocô, quando os pais perguntam, é como se recusasse dar algo precioso dela para os pais, o que nos leva a pensar que essa atitude de negação e não controle pode indicar uma forma de punição, de expressão de raiva aos pais por não estarem oferecendo um ambiente de segurança, estabilidade, escuta a sua ansiedade e medo.




sábado, 7 de janeiro de 2017

X Curso "Gestalt-Terapia com crianças: teoria e arte"

Olá amigos e amigas Psi,

Inicio o ano de 2017 com muito entusiasmo, aproveitando para divulgar informações do meu X Curso "Gestalt-Terapia com crianças: teoria e arte", a ter início no dia 20 de março de 2017 e término no dia 03 de julho de 2017. Convido todos psicólogos apaixonados pelo trabalho com crianças e adolescentes a participarem desse curso que é muito dinâmico. Cada aula dou teoria e prática com vivências, atividades lúdicas e técnicas terapêuticas.

OBJETIVOS: Apresentar o campo teórico e filosófico que fundamenta a prática clínica da Gestalt-Terapia no atendimento à criança e à família. Oferecer conhecimentos sobre as principais psicopatologias da infância. Propiciar vivências experimentais no uso das técnicas gestálticas e recursos lúdico-terapêuticos.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
- fundamentação filosófica e teórica
- conceitos básicos
- concepção de saúde e doença
- psicopatologias da criança
- processo terapêutico
- relação terapêutica
- técnicas expressivas e projetivas (argila,fantoches, caixa de areia)

PÚBLICO: estudantes de psicologia e psicólogos

CARGA HORÁRIA: 60 horas

HORÁRIO: 15 encontros às segunda-feira das 18h30 às 22h30.

LOCAL: Instituto Tocar na SHCGN 914 Norte – entrada na Aldeia SOS – ao lado do Colégio Arvense  Site: www.tocar.org.br

VAGAS LIMITADAS: 20

INSCRIÇÕES: www.igtb.com.br  99963-5165/3033-7094 
                          Sheila Antony      98133.1515