terça-feira, 25 de março de 2014

Nossa criança interior divina

Nossa criança interior está sempre presente quando nossas reações emocionais são intensas e com um tom de exagero. Sejamos amorosamente atentos e estejamos com ouvidos cuidadosos para acalmar, acalentar, dar confiança e suporte a essa criança que vem nos pedir, como adultos que somos:" Me ame, me proteja, me defenda, me aceite e me reconheça como fonte de suas emoções, criatividade, espontaneidade, afetuosidade. Não me critique mais, não me julgue tanto, não me condene como tantos fazem. Não se perca de mim, não me esqueça, não me cale". Deixe-a saber que você sempre estará junto para o que der e vier, dando-lhe força, coragem, amor, respeito.

Em outubro darei um Vivencial com o titulo "Cuidando e amando a criança que existe em nós". Será na Chácara Ipanema, em Valparaíso. 

sexta-feira, 7 de março de 2014

Brincando e constituindo o Eu

O brincar é um processo complexo de expressão, organização e estruturação psíquica da criança. Estimula a atividade cognitiva, envolve descobertas corporais, propicia amplas experiencias emocionais e sociais. Através da brincadeira a criança experimenta-se, aprende a conhecer o seu corpo, a fazer representações das coisas, dos objetos e do mundo exterior, a pensar sobre o eu, a comunicar-se e a estabelecer contatos sociais, experiências estas que servem para a organização da personalidade. Winnicott (1975, p. 80) expõe brilhantemente que “é no brincar, e somente no brincar, que o indivíduo, criança ou adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral: e é somente sendo criativo que o indivíduo descobre o eu (self)O brincar contribui, portanto, para a organização e unificação da personalidade, ao propiciar que a criança entre em interação com outras crianças num processo contínuo de correlacionar as experiências internas e externas. Nessa perspectiva, pais e professores precisam entender a necessidade de permitir a criança brincar como atividade física, mental e afetiva, dado que a criança quando brinca pensa sobre suas experiências emocionais e situações de vida.
Trecho do meu livro "Cuidando de crianças: teoria e arte em Gestalt-terapia", Editora Juruá.