sábado, 4 de julho de 2015

Histórias terapêuticas

Ser psicoterapeuta de crianças requer uma presença atenta, ativa e criativa para propiciar amplas possibilidades de experiências e experimentos, que levem a criança a tomar consciência de seus medos, ansiedades, conflitos, defesas e padrões de interrupção do contato. Usar histórias terapêuticas é um importante recurso para acessar o mundo de fantasias da criança que sustenta seus conflitos e comportamentos defensivos. As histórias criadas pelo terapeuta que descrevem seus dramas emocionais podem ser encenadas na caixa de areia ou utilizando fantoches, bonecos e animais (selvagens e domésticos), de modo que a criança possa concretizar os seus conflitos, expressando seus sentimentos dolorosos, seus comportamentos problemáticos, seus pensamentos inquietantes para assim compreender-se a partir daquilo que vê, pensa, fala, sente e faz. O terapeuta precisa ser capaz de empatia, se colocar no lugar da criança, se imaginar no mundo da criança, reconhecer as emoções sentidas por ela para então criar a história terapêutica. Também é valoroso que propicie oportunidades da própria criança criar histórias para assim expressar seus conflitos e dramas. "Para processar seus sentimentos, a criança precisa de um adulto empático que lhe ofereça atenção e compreeensão de qualidade, um adulto que faça de tudo para se imaginar no ponto de vista da criança" (Sunderland, 2000, p. 11)

Citação do livro "O valor terapeutico de contar histórias", de Margot Sunderland, Ed. Cultrix

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