quarta-feira, 29 de julho de 2015

Crescimento rumo à autonomia

Cada vez mais dirijo minha atenção para os encontros terapêuticos com os pais para orientação e apoio, a fim de dar-lhes uma clara mensagem sobre a importância do cuidar com ética, limites, respeito, amor e senso de responsabilidade social. Destaco o dr. Içami Itiba com suas palavras sábias: "Mães saudáveis preparam os filhos para arcar com as suas responsabilidades. Com o passar dos anos, elas vão delegando à criança o poder de se cuidar. Essa autonomia pode dar ao filho a sensação de felicidade, aumentar sua autoestima e retroalimentar o sistema de recompensa. Felicidade ou saciedade que se ganha de mão beijada não aumenta a autoestima porque dispensa exatamente a capacidade de crescer em liberdade". Eu acrescento que  a criança se desenvolve com o desejo de crescer, ter sua individualidade valorizada, ter liberdade de ser, ter responsabilidade por si e pelo outro, ter coragem de fazer, de realizar. Que os pais alcancem a essência do ser criança, do ser humano.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Encerramento VIII Curso de Gestalt-Terapia com crianças: teoria e arte

Com muita gratidão e sentimento de realização, encerramos no dia 06 de julho de 2015 o "VIII Curso de Gestalt-Terapia com crianças: teoria e arte", realizado no Instituto Tocar, com apoio do Instituto de Gestalt-Terapia de Brasília (IGTB).


Recebi 17 psicólogas que demonstraram seu amor à profissão e ao "ser criança", participando de coração aberto na ampliação da consciência de si como pessoa e do seu potencial, como psicoterapeutas.

Meu profundo agradecimento a todas! Abraço carinhoso!

sábado, 4 de julho de 2015

Histórias terapêuticas

Ser psicoterapeuta de crianças requer uma presença atenta, ativa e criativa para propiciar amplas possibilidades de experiências e experimentos, que levem a criança a tomar consciência de seus medos, ansiedades, conflitos, defesas e padrões de interrupção do contato. Usar histórias terapêuticas é um importante recurso para acessar o mundo de fantasias da criança que sustenta seus conflitos e comportamentos defensivos. As histórias criadas pelo terapeuta que descrevem seus dramas emocionais podem ser encenadas na caixa de areia ou utilizando fantoches, bonecos e animais (selvagens e domésticos), de modo que a criança possa concretizar os seus conflitos, expressando seus sentimentos dolorosos, seus comportamentos problemáticos, seus pensamentos inquietantes para assim compreender-se a partir daquilo que vê, pensa, fala, sente e faz. O terapeuta precisa ser capaz de empatia, se colocar no lugar da criança, se imaginar no mundo da criança, reconhecer as emoções sentidas por ela para então criar a história terapêutica. Também é valoroso que propicie oportunidades da própria criança criar histórias para assim expressar seus conflitos e dramas. "Para processar seus sentimentos, a criança precisa de um adulto empático que lhe ofereça atenção e compreeensão de qualidade, um adulto que faça de tudo para se imaginar no ponto de vista da criança" (Sunderland, 2000, p. 11)

Citação do livro "O valor terapeutico de contar histórias", de Margot Sunderland, Ed. Cultrix