domingo, 10 de maio de 2015

A clinica gestáltica com crianças: brincando com playmobil e figuras mitológicas


         Com muita alegria irei participar do Congresso Internacional de Gestalt-Terapia no Rio de Janeiro, no período de 27 a 30 de maio, apresentando um trabalho que faço com bonecos playmobil e com figuras mitológicas, que descrevo a seguir, e lançando meu livro em inglês e português "Cuidando de crianças: teoria e arte".
Considero de extrema importância o atendimento aos pais durante o processo terapêutico da criança para que tomem consciência das gestalten abertas que possuem com as suas figuras parentais, propondo-lhes experiências que possibilitem reviver a própria infância, de forma a se reconectarem com a sua criança ferida (e feliz), e assim se abrirem a um processo de crescimento pessoal que repercutirá no crescimento emocional do filho(a) em terapia.
Nas sessões com os pais viso promover a comunicação direta e autêntica, o reestabelecimento do contato nutritivo e do vínculo amoroso entre a criança e os pais e entre os próprios pais (como casal), e com muita ênfase o fortalecimento da função paterna e materna de cada um perante os filhos.O sistema familiar como um todo é mais forte e determinante do que as partes. É importante que a criança e os pais conheçam as feridas paternas e maternas para que então possam compreender melhor a si mesmos e a própria história familiar com seus mitos e marcas de vida que determinam o destino de cada um.
Para que tal objetivo ocorra utilizo de recursos lúdico-terapêuticos que oferecem possibilidades de facilitar o contato entre os membros familiares e a consciência do núcleo conflitivo da família. Faço uso de bonecos Playmobil e de figuras mitológicas para trabalhar a representação e a organização da família, o lugar de cada membro no grupo familiar, a percepção que cada um tem do outro e promover o diálogo direto entre cada membro da família para revelar as necessidades e desejos de cada um.
A psicoterapia com crianças deve estar a serviço da reconciliação entre pais-filhos, do reconhecimento dos mitos familiares, do reestabelecimento do contato verdadeiro e nutritivo entre os membros familiares, da conscientização do lugar e da função de cada um dentro da família para consolidar o senso de pertencimento ao grupo familiar, o sentimento de aceitação e valorização que são responsáveis por dar sentido ao existir da criança.


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