Com muita alegria irei participar do Congresso Internacional de Gestalt-Terapia no Rio de Janeiro, no período de 27 a 30 de maio, apresentando um trabalho que faço com bonecos playmobil e com figuras mitológicas, que descrevo a seguir, e lançando meu livro em inglês e português "Cuidando de crianças: teoria e arte".
Considero de extrema importância o atendimento aos
pais durante o processo terapêutico da criança para que tomem consciência das gestalten abertas que possuem com as suas figuras
parentais, propondo-lhes experiências que possibilitem reviver a própria
infância, de forma a se reconectarem com a sua criança ferida (e feliz), e assim
se abrirem a um processo de crescimento pessoal que repercutirá no crescimento emocional do filho(a) em terapia.
Nas sessões com os pais viso promover a
comunicação direta e autêntica, o reestabelecimento do contato nutritivo e do
vínculo amoroso entre a criança e os pais e entre os próprios pais (como
casal), e com muita ênfase o fortalecimento da função paterna e materna de cada um perante os filhos.O sistema familiar como um todo é mais forte
e determinante do que as partes. É importante que a criança e
os pais conheçam as feridas paternas e maternas para que então possam
compreender melhor a si mesmos e a própria história familiar com seus mitos e
marcas de vida que determinam o destino de cada um.
Para que tal
objetivo ocorra utilizo de recursos lúdico-terapêuticos que oferecem
possibilidades de facilitar o contato entre os membros familiares e a
consciência do núcleo conflitivo da família. Faço uso de bonecos Playmobil e de
figuras mitológicas para trabalhar a representação e a organização da família,
o lugar de cada membro no grupo familiar, a percepção que cada um tem do outro
e promover o diálogo direto entre cada membro da família para revelar as
necessidades e desejos de cada um.
A
psicoterapia com crianças deve estar a serviço da reconciliação entre pais-filhos,
do reconhecimento dos mitos familiares, do reestabelecimento do contato
verdadeiro e nutritivo entre os membros familiares, da conscientização do lugar
e da função de cada um dentro da família para consolidar o senso de
pertencimento ao grupo familiar, o sentimento de aceitação e valorização que são responsáveis
por dar sentido ao existir da criança.
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