sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Curso Gestalt-Terapia com crianças: teoria e arte

O curso "Gestalt-Terapia com crianças: teoria e arte" será realizado no mês de março de 2014. A data de inicio está marcada para 16 de março. O curso terá 15 encontros de 4h, totalizando uma carga horária de 60h. Ocorrerá as 2a. feiras das 18h30 às 22h30 no Instituto Tocar, localizado na 914 Norte e as inscrições serão feitas junto ao Instituto de Gestalt-terapia de Brasilia (IGTB).  Voces podem ler mais sobre o curso no marcador "Cursos".

Abraço afetuoso!

Sheila Antony

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Birra e castigo

         A birra, ou raiva passageira, é uma forma imatura de expressar ira ou aborrecimento. Geralmente, manifesta-se através de choro, gritos, pontapés nos móveis, cabeçadas na parede, jogar-se no chão, etc. Apesar de incômodas, as birras fazem parte do desenvolvimento normal, estando presentes, principalmente, na fase que vai de um a três ou quatro anos de idade. Na idade escolar, elas já devem ter desaparecido ou ser bastante raras.
1. Quais são seus motivos?
O surgimento das birras está ligado a processos de autonomização da criança, ao fato de que ela, conforme cresce, vai se tornando mais independente.  Isso começa a ocorrer num período em que ela ainda é muito pequena e não pode tomar decisões e cuidar-se sozinha, levando à vivência de muitas frustrações. A criança pequena ainda não consegue adiar um prazer ou esperar para concretizar seus desejos. Quer tudo pra já! Isso acontece porque elas ainda não têm a noção de tempo e de futuro, tornando a espera muito difícil.
2. Como lidar com a birra?
Deve-se ensinar a criança que a birra não funciona e que os pais não mudarão de opinião por causa delas. Por volta dos três anos de idade, já se pode começar a ensinar a criança a expressar seus sentimentos com palavras, já que sentir raiva é normal. Os critérios de certo e errado devem ser estáveis e coerentes, para que a criança possa saber exatamente o que pode ou não fazer. Se os pais não conseguem concordar entre si quanto às normas para os filhos, ou se mudam de idéia conforme seu humor, a criança ficará sempre insegura e com medo, sem nunca saber a quais regras deve obedecer. Educa bem quem usa bem as palavras e os atos, acompanhados de “olho no olho” e silêncios cheios de sentido. Acertam na educação dos filhos os pais que sabem escutar. Pais que usam palavras vazias e que fingem ser “o amigão”, abrindo mão de sua autoridade de pais podem estar cometendo uma “fraude educativa”. Os pais devem ser um bom modelo de auto-controle, sem perder a calma, sem gritar e sem bater na hora de lidar com as birras dos filhos. Muitas vezes, o mais difícil quando se enfrenta uma criança muito irritada é controlar a própria raiva. (E há pais que acabam fazendo “pirraças de adultos” em resposta às birras dos filhos!). 

Texto de Tatiana Malheiros Assumpção